A Literatura de Cordel é uma manifestação literária, típica da cultura popular brasileira. Foi introduzida pelos colonizadores portugueses na segunda metade do século XIX, no estado da Bahia, e se espalhou por todo Nordeste.

Apresentados em forma de folhetos, os cordéis são diálogo ou narrativas rimadas, que geralmente falam de personagens nordestinos, situações cômicas e assuntos atuais. Quanto a palavra “cordel”, trata-se de uma referência à corda em que ficam pendurados os folhetos.

Quando ainda não existia rádio e televisão, cordel foi muito usado transmitir informações. Os poetas de uma rapidez incrível, escreviam versos e informavam a população. A morte do Getúlio Vargas por exemplo, um dia após o acontecido já estava nos folhetos das feiras do Nordeste, já a de Tancredo foi em poucas horas.

As ilustrações da capa do folheto eram feitas com a xilogravura, uma técnica de reprodução imagem muito antiga, onde os desenhos são feitos em uma placa de madeira, que é escavada com uma ferramenta cortante, formando relevos. Depois é aplicado tinta, em seguida o papel é pressionado sobre a placa. A parte elevada receberá tinta e onde foi escavado ficará em branco. Essa técnica assemelha-se ao carimbo.

A grande vantagem da xilogravura, é possibilidade de fazer várias imagens iguais com um baixo custo. Esse tipo de artesanato, contribuiu muito para a popularização do cordel no Brasil.

Existem três tipos cordel: os com até 8 páginas são chamados de folhetos, com 16 a 24 páginas é romance, mais que isso é uma história.

O cordel é a poesia do povo nordestino, que através de palavras típicas do seu linguajar falam sobre sua cultura, crenças, tradições, conhecimento, mitos e costumes.

Um personagem que sempre será lembrado na literatura de cordel, é Leandro Gomes de Barreto (1865 – 1918), um dos primeiros cordelistas, que escreveu mais de mil folhetos.

Atualmente, um outro personagem vem ganhando destaque na literatura de cordel. Trata-se do cearense Bráulio Bessa.

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