O cangaço foi um movimento armado no final do século XVIII, à primeira metade do século XX, no sertão do Nordeste brasileiro. Era bandos que saqueavam fazendas, vilarejos e cidades em busca de vingança, justiça e alimento. Esses bandos surgiram devido a falta de perspetivas de uma sociedade melhor, numa região de grande miséria, secas e fome.

Cangaço dependente

Era bandos armados a serviço de grandes fazendeiros no Nordeste brasileiro, eles eram pagos para tomar terras indígenas e fazendas de gado. Outras vezes para consolidar poder político entre oligarquias locais. Esses bandos serviam a quem lhes pagava.

Cangaço independente

O cangaço independente surgiu entre 1900 a 1940. Eram bandos de cangaceiros que vivam de assaltos e em constante luta com a polícia. Esses bandos não se subordinavam a nenhum chefe local, eles viviam por conta própria. Os mais famosos bandos independentes foram o de Antônio Silvino e de Virgulino Ferreira o Lampião. 

Antônio Silvino

O primeiro dos grandes bandos independentes foi o de Antônio Silvino (1875 – 1944), um pernambucano de Afogados da Ingazeira, que entrou para cangaço para vingar a morte de seu pai, depois de cumprir tal missão, o cangaceiro passou a se dedicar a serviço da família Aires. A partir de 1906, deixa as lutas políticas e conflitos entre famílias e passa fazer parte do cangaço independente. Ele atuou no Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, saqueando, assassinando, espancando e cobrando tributos. Em 1914 foi preso em Pernambuco, pelo delegado Teófanes Ferraz Torres, sendo condenado a 30 anos de prisão, sendo libertado em 1937, após cumprir 22 anos de pena. 

Lampião

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o mais famoso de todos os cangaceiros nasceu no dia 4 de junho de 1897, em Vila Bela, atual Serra Talhada, estado do Pernambuco. Entrou para o cangaço junto com seus dois irmãos, Livino e Antônio para vingar a morte do pai, morto pelo mandonismo político.

Lampião tinha apenas 18 anos, mas logo se tornou chefe. Seu grupo ficou conhecido por causa de sua crueldade e pelo terror que causava nas cidades e fazendas em que passavam. Lampião chegou a ter em seu comando cerca de 200 bandoleiros, porém depois de ser delatado por um comerciante, que revelou seu esconderijo, ele foi metralhado em 1938 pela polícia em Angicos no estado do Sergipe.

Lampião e sua companheira Maria bonita tiveram suas cabeças decapitadas e levadas para Salvador, na Bahia como troféu. Corisco se torna então, chefe do bando, porém 2 anos depois de assumir a liderança, é também morto, fato esse, que marcou o fim do cangaço.

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